Indústria de SP operava em abril no ponto mais baixo da série histórica, diz IBGE

Oito das 15 regiões industriais pesquisadas pelo País registraram quedas históricas na produção na passagem de março para abril, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O tombo recorde de 23,2% em São Paulo levou o principal parque industrial do País a operar no patamar mais baixo da série histórica iniciada em 2002.

"São Paulo aparece com a maior influência negativa sobre o total nacional. É a terceira taxa negativa consecutiva para a indústria de São Paulo, o que dá uma perda de 27,9% acumulada em três meses", justificou Bernardo Almeida, analista da Coordenação de Indústria do IBGE.

A indústria paulista opera agora em patamar 43,2% abaixo do pico de produção, que aconteceu em março de 2011.

A queda em abril foi puxada pelo setor de veículos automotores, principalmente pela menor fabricação de automóveis, e pela atividade de máquinas e equipamentos. No entanto, as perdas foram disseminadas entre os 18 segmentos da indústria paulista, com exceção das atividades de perfumaria, alimentos e produtos farmacêuticos.

"São setores que são considerados essenciais dentro dessa pandemia", justificou Almeida.

Na média nacional, a indústria recuou 18,8%. Entre as regiões pesquisadas, apenas Pará e Goiás escaparam do vermelho em abril ante março. Enquanto a indústria paraense foi impulsionada pela maior produção de minério de ferro, o parque industrial de Goiás teve desempenho positivo com base na produção dos setores alimentício e farmacêutico.

Na comparação com abril de 2019, a indústria nacional encolheu 27,2%, com nove dos 15 locais com recordes negativos. A queda na indústria paulista no período foi de 31,7%, devido a recuos em 15 das 18 atividades investigadas.

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