Estopim dos atos de vandalismo na noite de segunda-feira, 12, no centro da capital federal, o indígena José Acácio Serere Xavante, desde que o presidente Jair Bolsonaro perdeu a eleição para o petista Luiz Inácio Lula da Silva, tem percorrido Brasília patrocinando protestos. Em <a href="https://twitter.com/fleali/status/1602688500758872064" target=_blank><u>vídeo</u></a> gravado no dia 30 de novembro pelo <b>Estadão</b> em frente ao Congresso Nacional, Serere Xavante diz que Lula não pode assumir a presidência e xinga o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
"A democracia está sendo atacada pelo bandido Alexandre de Moraes e a equipe de Lula, do PT. Lula não vai ganhar de novo. Roubaram nossos votos. Cadê o voto do povo xavante? Nós não podemos admitir que o Lula suba na rampa, que ocupe o cargo maior do país. O bandido não pode ocupar o cargo da presidência. Lugar do bandido é na cadeia", disse o indígena.
Depois de preso pela PF, fez divulgar um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=e45N256z8Ik" target=_blank><u>vídeo</u></a> dizendo que estava bem e pedindo que não houvesse "conflito ou briga".
Serere Xavante foi detido na segunda-feira, por ordem de Moraes. Após a prisão, grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro patrocinaram atos de vandalismo na zona central de Brasília com queima de veículos e tentativas de invadir o prédio da Policia Federal. Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, parte dos responsáveis por esses atos está acampada em frente ao QG do Exército, onde seguidores de Bolsonaro pedem intervenção militar para impedir a posse do petista.
José Acácio tem 42 anos e é pastor evangélico. Ele foi candidato à prefeitura de Campinápolis (MT) em 2020 pelo Patriota, mas não se elegeu. Em documento submetido à época ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele se apresenta como missionário e líder da Terra Indígena Parabubure, localizada naquele município e pertencente à Amazônia Legal.