Após o fim do prazo para que os cidadãos indianos depositem nos bancos as notas de alto valor que foram retiradas de circulação, o banco central do país anunciou que a Índia continuará controlando a quantidade de dinheiro que as pessoas podem sacar nos caixas eletrônicos e nas agências bancárias.
O prazo para depósito foi encerrado ontem. No dia 8 de novembro, o governo anunciou que as notas de 500 e 1 mil rupias, equivalentes a US$ 7 e US$ 15, respectivamente, seriam retiradas de circulação, com o argumento de que a medida ajudaria a combater o uso de dinheiro em transações ilegais e levaria a uma utilização maior dos bancos e de pagamentos com cartão.
De acordo com comunicado divulgado no fim da noite de ontem pelo banco central, o limite diário de saque subiu de 2,5 mil rupias para 4,5 mil rupias, mas o limite semanal continua de 24 mil rupias, contando a partir de sábado. Não ficou claro, no entanto, por quanto tempo os limites serão adotados.
Cinquenta dias após o anúncio de que as notas de 500 e 1 mil rupias seriam retiradas de circulação, os mercados têm experimentado tumultos em um país onde a maioria das pessoas ainda ganha e gasta em dinheiro em espécie.
Enquanto centenas de milhões de indianos usam dinheiro em espécie para guardar suas economias e evitar impostos, menos de 3% da população paga o imposto de renda do país. A maioria dos índios usa dinheiro simplesmente por hábito ou por pobreza e falta de acesso fácil aos bancos. Fonte: Associated Press.