Indicada pelo presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden para assumir a secretaria do Tesouro, Janet Yellen defendeu nesta terça-feira, 19, o enfrentamento ao que chamou de "práticas abusivas, injustas e ilegais" por parte da China. Ela é participante neste momento de sessão no Comitê de Finanças do Senado americano que votará sua indicação ao cargo. "Estamos prontos para usar toda a gama de ferramentas contra isso", declarou.
A ofensiva dos EUA contra a China foi uma das marcas da gestão de Donald Trump, de saída da Casa Branca.
Joe Biden toma posse como presidente americano na quarta-feira, 20, mas, embora tenda a adotar um tom "menos belicoso" se comparado ao antecessor, não deve retroceder na postura adotada em relação ao país asiático. Hoje, uma das principais batalhas entre as duas maiores economias do mundo é o protagonismo na rede 5G.
"A China é claramente, nosso concorrente estratégico mais importante", lembrou Yellen aos senadores. "Pequim prejudica as empresas americanas, fazendo dumping de produtos, dando subsídios ilegais às corporações, ganhando vantagem tecnológica injusta", defendeu.
<b>Sanções</b>
Em referência ao Oriente Médio, a indicada para a secretaria do Tesouro disse aos senadores ser favorável a uma lei que facilite a identificação efetiva de empresas de fachada. Este é um dos grandes entraves à política de sanções dos Estados Unidos, sobretudo no cerco ao Irã.
O país persa, que vive sob sanção de Washington, tem conseguido transportar petróleo por meio de empresas de fachada. "Temos de fazer a diferença, melhorar a eficácia das sanções e, assim, melhorar nossa capacidade de lidar com o financiamento ao terrorismo", declarou Yellen.