O escolhido do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para comandar a CIA, adotou um tom duro contra a Rússia em audiência no Senado nesta quinta-feira, se distanciando do posicionamento do republicano.
Mike Pompeo, um republicano que se elegeu quatro vezes para a Câmara dos Deputados pelo Estado do Kansas, afirmou que a Rússia tem se portado de maneira agressiva, “invadindo e ocupando a Ucrânia, ameaçando a Europa e não movendo uma palha para ajudar a derrotar o grupo extremista Estado Islâmico”.
Caso confirmado, Pompeo assumiria a CIA no que ele mesmo afirmou ser “o ambiente mais complicado de ameaças que os EUA enfrenta na memória recente”. Ele também teria que cuidar de reatar relações entre as agências de inteligência e Trump, que se veem às voltas com o escândalo do dossiê da Rússia, que teria juntado informações comprometedoras sobre o empresário.
O republicano foi um dos maiores apoiadores do comitê criado para investigar o atentado sobre uma embaixada na Líbia em 2012, que deixou sete mortos, quando Hillary Clinton era secretária de Estado. Em sua audiência, hoje, ele afirmou entender que a troca de cargo implica em uma mudança de mentalidade, de um congressista partidário para um coletor objetivo de inteligência.
“Eu passei a maior parte da minha vida fora da política – no Exército, como advogado e dono de dois negócios”, disse. “Retornar a um posto que requer trabalho duro e empenho é algo que está “em meus ossos”. Fonte: Associated Press.