O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 3,1 pontos na passagem de agosto para setembro, para 87 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira. É o menor nível do índice desde maio passado, quando também ficou em 87 pontos. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 0,2 ponto, na primeira queda após quatro altas seguidas nessa base de comparação.
"O resultado negativo ainda não sugere uma reversão da tendência de recuperação, mas liga o sinal de alerta sobre o ritmo da retomada nos próximos meses. A expectativa ainda é favorável, em especial puxada pelo setor de serviços que ainda tem espaço para recuperar o que foi perdido na pandemia, mas as turbulências do ambiente macroeconômico pesam contra a continuidade da recuperação no médio e longo prazo", diz a nota divulgada pela FGV.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante: quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em setembro, seis dos sete componentes do IAEmp contribuíram para a queda. Segundo a FGV, o destaque foi o indicador que mede o emprego previsto para os próximos meses dos consumidores, cuja queda de 12,7 pontos em setembro ante agosto contribuiu com 1,5 ponto para a redução do indicador agregado.