O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) caiu 1,4 ponto na passagem de setembro para outubro, a terceira queda consecutiva, para 75,0 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 7. Em médias móveis trimestrais, o IAEmp recuou 1,0 ponto.
"Após três meses de queda, o IAEmp confirma a cautela com o ritmo de recuperação do mercado de trabalho, com resultado disseminado entre os indicadores que o compõem e a dificuldade em se afastar do nível de 75 pontos. Apesar de melhora no ambiente macroeconômico e a permanência da taxa de desemprego em patamar baixo, as recentes quedas nas expectativas de empresários e consumidores não permitem imaginar uma retomada mais forte do indicador nos próximos meses. Será preciso sinais mais claros de uma recuperação na economia brasileira para voltar à trajetória favorável que chegou a ser ensaiada ao longo do ano", avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
Em outubro, seis dos sete componentes do IAEmp contribuíram negativamente para o resultado. Os piores desempenhos no mês foram dos itens Tendência dos Negócios de Serviços, com impacto de -0,4 ponto, e Emprego Local Futuro do Consumidor, -0,4 ponto.
Na direção oposta, houve contribuição positiva apenas da Tendência dos Negócios da Indústria, com 0,2 ponto.