O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 2,9% em abril na comparação com o mês anterior, para 85,8 pontos, na série com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira, 7, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Trata-se do maior nível desde julho de 2009 (86,3 pontos). Em março, o ICD havia subido 6,9%.
“A alta do ICD mostra que a taxa de desemprego deve continuar subindo em abril, como reflexo da piora da percepção do mercado de trabalho pelas famílias em todos os extratos de renda, com destaque para aquelas de renda média alta. Esse cenário mostra possivelmente que as empresas estão reduzindo as novas contratações, em particular, de empregos de maior salário”, destacou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota oficial.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.