Estadão

Indicador da CNI tem leve alta, mas não reverte quadro de falta de confiança da indústria

A confiança da indústria apresentou uma leve alta em maio, mas não o suficiente para retirar o empresário do setor do estado de falta de confiança em que se encontra desde março. Isso é o que mostra o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado nesta quinta-feira, 11, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que aumentou 0,4 ponto, para 49,2 pontos em maio.

O indicador varia de zero a 100 pontos. Quando abaixo de 50 pontos, o índice mostra falta de confiança.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, avalia, no entanto, que, apesar de pequena, a recuperação do indicador foi disseminada entre todos os componentes do índice, o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas.

A pesquisa mostra que, em relação às condições atuais, o indicador subiu 0,6 ponto em maio, para 43,1 pontos.

"A alta mostra que os empresários veem o atual momento em relação aos últimos seis meses de maneira um pouco menos negativa em maio do que observavam em abril. É o primeiro avanço mensal do índice desde setembro de 2022", afirma Azevedo.

O Índice de Expectativas teve ligeira alta, de 0,3 ponto, para 52,2 pontos. A avaliação da CNI é que, "ao subir para um pouco mais acima da linha divisória de 50 pontos, o indicador demonstra um olhar um pouco mais otimista dos empresários sobre o cenário dos próximos seis meses".

Para o levantamento, foram entrevistadas 1.450 empresas, sendo 571 de pequeno porte, 549 de médio porte e 330 de grande porte. As entrevistas foram feitas no período de 2 a 8 de maio.

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