O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista, medido pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp, subiu 0,8% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. Sem esse ajuste, houve queda de 0,1%. Já na comparação com junho do ano passado o índice recuou 8,1%, enquanto a queda no primeiro semestre deste ano – ante igual intervalo de 2015 – ficou em 9,9%.
Na divisão por setores, o INA de papel e celulose subiu 0,9% em junho ante maio, com ajuste. Já o INA de veículos automotores avançou 1,3%. E em Móveis houve alta de 0,4%.
“Este ano o INA começou mal, e esperamos que, ao contrário de 2015, o indicador dê uma estabilizada no segundo semestre. Como o ano passado foi péssimo, 2016 vai ser só ruim”, acredita Paulo Francini, diretor do Depecon. Para ele, o resultado de junho mostra que a indústria está se acomodando. “Faz muito tempo que não registramos um mês positivo. Isso mostra que a queda contínua e crescente parou de existir, e sabemos que não há jeito de subir se não parar de cair”. A projeção para o INA é fechar 2016 com retração de cerca de 6%, depois de ter registrado -6,2% em 2015 e -6,0% em 2014.
Nuci
O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria paulista ficou em 75,1% em junho, na série com ajuste sazonal, ante 74,8% em maio e 77,5% em junho do ano passado. Sem ajuste, o Nuci foi de 75,6% em junho deste ano, de 75,7% no mês anterior e 78,0% em junho do ano passado.
Sensor
A confiança industrial com ajuste fica em 48,4 em julho, no A confiança dos empresários industriais paulistas subiu levemente em julho, segundo a pesquisa Sensor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O indicador avançou para 48,4 pontos, de 48,0 pontos em junho, na série com ajuste sazonal. Trata-se do maior nível desde dezembro de 2014. Na série sem ajuste, o Sensor ficou em 49,5 pontos em julho, de 48,4 pontos em junho.
Os indicadores variam de zero a 100 pontos. Leituras acima de 50 significam aumento das expectativas positivas.
Dos cinco itens que compõem o Sensor, três avançaram e dois recuaram, de acordo com a classificação da Fiesp. A alta mais expressiva se deu na percepção sobre os Estoques, que passou para 49,9 pontos em julho, de 46,7 em junho (com ajuste sazonal), indicando ter havido diminuição da percepção de estoques excessivos. O componente Investimento avançou a 50,8 pontos, de 48,0 pontos. E em Emprego houve alta para 46,7 pontos, de 45,8 pontos.
Por outro lado, o indicador Vendas caiu a 47,0 pontos em julho, de 52,5 pontos em junho. Em Mercado, a retração foi para 46,5 pontos, de 48,2 pontos.