O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) caiu 3,1 pontos na passagem de maio para junho, segundo a prévia do indicador deste mês divulgado em edição extraordinária pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Se confirmado, o índice descerá a 187,2 pontos.
Se o resultado for confirmado na divulgação final de junho, o IIE-Br terá devolvido em dois meses de quedas apenas 24% da alta de 95,4 pontos observada nos meses de março e abril.
"Após recuar mais de 20 pontos em maio, a tímida queda de junho sugere uma estabilização dos níveis de incerteza em patamar próximo aos 190 pontos, cerca de 50 pontos acima do recorde anterior à crise atual, que era de 136,8 pontos, em setembro de 2015. Além das dúvidas relacionadas à evolução da pandemia e das medidas de isolamento social no Brasil, fatores econômicos, como as dificuldades de acesso a crédito pelas empresas, e políticos têm contribuído para a manutenção de níveis elevados de incerteza. O componente de Expectativa vem subindo desde o início da crise, confirmando a enorme dificuldade de se fazer previsões econômicas em 2020", avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
Na prévia de junho, o componente de Mídia caiu 5,2 pontos, para 165,9 pontos. Já o componente de Expectativa avançou 6,4 pontos, para 236,5 pontos.
A prévia do Indicador de Incerteza da Economia Brasileira coletou dados de 30 dias terminados em 9 de junho. O resultado fechado do mês será divulgado no próximo dia 30.