O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 4,7 pontos na passagem de fevereiro para março, para 123,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador está 8,4 pontos acima do nível de fevereiro de 2020, antes do agravamento da pandemia de covid-19 no Brasil.
"A queda do indicador de incerteza em março foi motivada exclusivamente pelo recuo do componente de Mídia, aparentemente como um reflexo do avanço das campanhas de imunização conta a covid-19 no Brasil. O recrudescimento da pandemia e seu difícil controle, por outro lado, são refletidos no componente de expectativa, que voltou a subir no mês, retratando o enorme desafio de se prever cenários econômicos para os próximos 12 meses. Mesmo com a queda, o nível de incerteza continua elevado, tanto em relação ao nível neutro em termos históricos (100 pontos) quanto em relação ao nível médio de 114 pontos vigente entre 2015 e 2019", avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia caiu 7,7 pontos, para 114,5 pontos, contribuindo com -6,6 pontos para o IIE-Br mês. O componente de Expectativas subiu 8,9 pontos, para 149,4 pontos, contribuindo com 1,9 ponto para o índice de março.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.