O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) recuou 9,2 pontos na passagem de janeiro para fevereiro, para 128,2 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador está 13 pontos acima do nível de fevereiro passado, antes do agravamento da pandemia de covid-19 no Brasil.
"A terceira queda consecutiva do indicador de incerteza foi motivada tanto pelo componente de Mídia – que mede a frequência de notícias de incerteza nos principais jornais de imprensa -, quanto pelo componente de expectativa – que mede a dispersão das previsões para os próximos 12 meses. A melhora dos indicadores tem respaldo no avanço da campanha de imunização contra a covid-19 no Brasil, que, apesar de conturbada, e competindo com a piora da pandemia nos estados, impacta positivamente o cenário econômico e as expectativas dos agentes para um possível retorno à normalização da economia. Apesar dos avanços recentes, situação sanitária ainda difícil, o ritmo relativamente lento da campanha de imunização e a situação fiscal desafiadora tendem a manter os níveis de incerteza ainda acima dos níveis pré-pandemia por algum tempo ", avaliou Anna Carolina Gouveia, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O IIE-Br é composto por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia caiu 6,1 pontos, para 122,2 pontos, contribuindo com -5,3 pontos para o IIE-Br mês. O componente de Expectativas recuou 18,2 pontos, para 140,5 pontos, contribuindo com -3,9 pontos para o índice de fevereiro.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.