O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 2,7 pontos na passagem de março para abril, para 106,5 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo a FGV, apesar do avanço, o indicador se manteve "em patamar favorável".
"Após dois meses de queda o Indicador de Incerteza volta a subir em abril, motivado por incertezas em relação às contas públicas e uma deterioração do cenário externo, com os conflitos no Oriente Médio e dúvidas no front monetário da economia norte-americana. A alta do IIE-Br, no entanto, foi compensada pelo comportamento em sentido contrário do componente de expectativas, que recuou e registrou o menor nível desde 2015, influenciado pela menor dispersão das previsões para a inflação 12 meses à frente. Apesar da alta, o indicador se mantém em patamar favorável, abaixo dos 110 pontos", avaliou a economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) Anna Carolina Gouveia, em nota oficial.
O IIE-Br é formado por dois componentes: o IIE-Br Mídia, que faz o mapeamento nos principais jornais da frequência de notícias com menção à incerteza; e o IIE-Br Expectativa, que é construído a partir das dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.
O componente de Mídia avançou 4,2 pontos, para 109,8 pontos, contribuindo com 3,7 pontos para o IIE-Br do mês. O componente de Expectativas encolheu 4,3 pontos, para 90,8 pontos, menor nível desde fevereiro de 2015, contribuindo com -1,0 ponto para o índice de abril.
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia brasileira é realizada entre o dia 26 do mês anterior e o dia 25 do mês de referência.