O indicador antecedente Boa Vista de Movimento do Comércio, que monitora o desempenho das vendas no varejo por todo o País, subiu 0,9% na passagem de fevereiro para março e encerrou o primeiro trimestre do ano com alta de 0,7%, na série com números dessazonalizados.
Na série de dados originais, o indicador apontou altas de 1,1% na comparação com março do ano passado e de 0,3% na comparação do primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período do ano passado. O indicador registrou alta de 1,7% no acumulado em 12 meses em março, ante avanço de 1,5% em fevereiro, na mesma base de comparação.
Na avaliação do economista da Boa Vista Flávio Calife, o indicador reforça que o varejo tem crescido "de forma tímida" neste início de ano, como já era esperado. "A aceleração do crescimento no resultado acumulado em 12 meses pode até chamar atenção, mas isso tende a ser algo pontual, tanto que nos próximos meses já devemos começar a ver uma desaceleração dessa curva", afirma Calife.
Segundo o economista, o ano de 2023 deve ser um período difícil para os varejistas devido ao impacto da inflação e dos juros altos. "Do lado do consumidor, a taxa de desemprego voltou a subir e o crédito está mais difícil de acessar, dois fatores que também deverão pesar sobre o consumo", acrescenta.
O indicador de Movimento do Comércio é apurado com base na quantidade de consultas à base de dados da Boa Vista por empresas do setor varejista.