Economia

Índice de Basileia atinge 16,3% em junho ante 16,7% de dezembro de 2014, diz BC

O Índice de Basileia do Sistema Financeiro Nacional atingiu 16,3% no final do primeiro semestre ante taxa de 16,7% verificada no encerramento de 2014, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) divulgado nesta quinta-feira, 1, pelo Banco Central. No final do primeiro semestre de 2014, a taxa estava em 15,5% e, na segunda metade de 2013, em 16,1%. O nível mínimo regulatório é de 11%.

Essa redução, de acordo com o documento, foi influenciada pelos ajustes prudenciais progressivos para a adoção completa das regras de Basileia III e por mudanças de escopo de consolidação. O Índice de Basileia é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia que recomenda uma relação mínima entre o Capital Base (Patrimônio de Referência – PR) e os riscos ponderados. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que um banco empresta, é preciso ter R$ 11,00 levando em consideração o nível mínimo regulatório.

O REF informou também que o Índice de Liquidez (IL) do sistema passou de 2,01 em dezembro de 2014 para 1,73 no fim do primeiro semestre deste ano. Em período idêntico do ano passado, o IL estava em 1,51. Esse indicador é usado para avaliar a capacidade de pagamento de instituições financeiras em relação a suas obrigações e representa a relação entre os ativos mais líquidos do sistema bancário e a honra de seus compromissos em um prazo de 30 dias. Quanto maior o número, mais confortável é a situação de liquidez dos bancos.

Essa queda ocorreu, de acordo com o documento, em decorrência da queda dos ativos líquidos e do incremento da simulação do fluxo de caixa estressado das instituições financeiras. “Os ativos líquidos reduziram-se em R$ 24 bilhões em decorrência da queda no estoque de títulos públicos federais detidos pelas instituições financeiras”, trouxe o REF.

Essa diminuição é explicada pelo BC pelo aumento de margens depositadas em câmaras de compensação, efeito da maior exposição das instituições financeiras a taxas de juros prefixadas e dólar, e pela transferência de liquidez para os demais segmentos da economia.

Já o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (RSPL) do sistema bancário atingiu 14,8% ao ano em junho passado ante taxa de 13,1% vista em dezembro de 2014. Seis meses antes, estava em 13,7%. O aumento no lucro líquido (LL) do sistema, de acordo com o BC, foi impulsionado principalmente pelo resultado dos bancos privados, que cresceu 20,2% no período. Já o LL dos bancos públicos apresentou alta de 9,8%.

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