O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 4,4% de fevereiro a março deste ano, a quinta queda consecutiva, atingindo 92 pontos e representando o menor nível da série histórica iniciada em março de 2010. As informações foram divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os dados indicam que a queda do Icom em março foi determinada pela piora da percepção dos empresários em relação ao momento atual, com o Índice da Situação Atual – que retrata a percepção em relação à demanda – recuando 8,8%. A queda representa 69,1 pontos, o menor nível da série. O Índice de Expectativas recuou 1,5% e também atingiu o mínimo histórico – 114,9 pontos.
O superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo Jr., disse que o setor vem se queixando do nível fraco da demanda e se preocupa com o estado geral da economia, com o ambiente político e com a queda forte da confiança do consumidor neste início de ano. “As expectativas em relação aos próximos meses baixaram pouco em relação a fevereiro, mas o suficiente para levar o Índice de Expectativas ao novo recorde negativo.”
Na avaliação da FGV, a piora atingiu os dois componentes do Índice de Expectativas, com maior influência exercida pelo que mede o otimismo. Com as vendas nos três meses seguintes, o índice, que chegou a recuar 2,2% em relação ao mês anterior, passaou de 117,8 pontos para 115,2 pontos de fevereiro a março, representando o menor patamar da série.
O indicador que mede o grau de otimismo em relação à situação dos negócios para os seis meses seguintes caiu 0,8%, passando de 115,4 pontos para 114,5 pontos na mesma base de comparação, também atingindo o mínimo histórico.
A edição de março de 2015 coletou informações de 1.215 empresas de 3 a 24 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem do Comércio ocorrerá em 28 de abril de 2015.