O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) subiu 0,3% em novembro na comparação com outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 27, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado confirma a relativa estabilidade e mantém-se em patamar baixo, o que revela pessimismo: o índice encontra-se 11,1% abaixo de sua média histórica e 11% abaixo do registrado em novembro de 2014.
Entre os índices medidos pela pesquisa, dois caíram. O indicador de perspectivas sobre a inflação recuou 2,9%, sinalizando maior pessimismo sobre a elevação dos preços; o de compras de bens de maior valor, como carros e eletrodomésticos, caiu 2,7% em novembro ante outubro. O índice de desemprego mostrou estabilidade com um recuo de 0,2%. “A estabilidade do índice é resultado de movimentos contrários de seus componentes”, diz a pesquisa.
O INEC indica ainda que a estabilidade em relação ao mês anterior é resultado dos índices relacionados às finanças dos consumidores que aumentaram em novembro. O índice de expectativa para os próximos seis meses em relação à renda pessoal cresceu 3,2%.
Os índices de endividamento e de situação financeira em relação aos últimos três meses tiveram uma melhora. O índice de endividamento cresceu 2,8% frente a outubro e o de situação financeira teve alta de 3,6% no período.
Contudo, o documento destaca que esses indicadores estão abaixo dos registrados em novembro de 2014. O índice de endividamento recuou 7,8% na comparação, o de renda pessoal caiu 18,9% e o de situação financeira teve queda de 21,1%. Quanto maior o índice, melhor a avaliação da evolução do endividamento e da situação financeira.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o resultado é ainda pior. O índice de inflação recuou 10,9% e o de desemprego, 8%. Já compras de bens de maior valor está 2,8% abaixo de novembro do ano passado.
A pesquisa da CNI, feita em parceria com o Ibope, ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 14 e 18 de novembro.