O índice de inflação ao consumidor do Peru (CPI) subiu 0,21% em setembro em comparação ao mês anterior, puxado pelo aumento dos custos nas áreas de saúde, alimentação e bebidas, informou neste sábado a agência nacional de estatísticas do país (INEI, na sigla local).
Com o resultado, a inflação acumulada no Peru no período de 12 meses chegou a 3,13%, acima da faixa fixada pelo Banco Central peruano, de 1% a 3%, informou o governo. Até agosto, a taxa acumulava alta de 2,94%.
De acordo com a INEI, os preços no setor de saúde aumentaram 0,33%, assim como os do setor de bens e serviços, que também subiu 0,33%. Já os preços do segmento de bebidas e alimentos avançaram 0,27%; gastos com moradia, combustíveis e eletricidade cresceram 0,25% e os de transportes e comunicação, 0,12%.
O Banco Central do Peru tem mantido a taxa básica de juros do país em 4,25% nos últimos meses, à medida que a inflação recuava para próximo da meta estabelecida pela entidade. A expectativa de economistas é que de que o BC peruano mantenha a taxa inalterada nos próximos meses.
Já a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do país é de crescimento em torno de 4% em 2016, após avanço de 3,3% em 2015.
Na quinta-feira (29), o Congresso peruano aprovou conceder ao governo poderes especiais pelos próximos 90 dias para avançar na elaboração da legislação “fast track” – Autoridade de Promoção Comercial (TPA ou fast track), lei que permite ao Executivo negociar novos acordos comercias para estimular o crescimento econômico local.
No mesmo dia, o governo peruano vendeu títulos de 12 anos por 10,3 bilhões de soles (cerca de US$ 3 bilhões). A operação, realizada com o objetivo de reduzir a dívida do país em dólar, foi a primeira emissão de títulos feita pela administração do presidente Pedro Pablo Kuczynski, que assumiu o cargo no fim de julho. Fonte: Dow Jones Newswires.