Um grupo de aproximadamente 60 índios e ativistas do Greenpeace realizaram nesta quinta-feira, 27, um protesto no Rio Tapajós, no Pará, contra a construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, prevista para ser a primeira grande hidrelétrica do rio.
Pedras foram usadas para formar a frase “Tapajós Livre” nas areias de uma praia às margens do rio, nas proximidades de Itaituba, município que fica a cerca de 70 quilômetros do local previsto para ser erguida a barragem.
Os ativistas afirmam que, ao todo, o plano do governo prevê cinco hidrelétricas na região. São Luiz, com 8.040 megawatts, está com seu processo de licenciamento em andamento no Ibama. No dia 17 de setembro, o governo chegou a anunciar que o leilão da usina seria feito ainda neste fim de ano. No dia seguinte, porém, o Ministério de Minas e Energia voltou atrás e cancelou oficialmente o plano.
São Luiz inundaria uma das regiões mais preservadas da Amazônia. Para abrir espaço à construção da usina, o governo já reduziu a área de florestas protegidas na região. Foi uma saída para driblar a lei, que proíbe construção de hidrelétricas em casos onde haja impacto direto a unidades de conservação ambiental.