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Indústria precisa fazer pressão política para agenda de desenvolvimento, diz diretor da CNI

O diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho de Administração do BNDES, Rafael Lucchesi, cobrou nesta terça-feira a execução de uma pressão política do setor industrial para a consolidação do processo de desenvolvimento industrial que se inicia.

Para o executivo, que participa do Fórum Estadão Think – A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, da mesma forma que o governo em 2003 criou o Plano Safra e isso se tornou um programa de Estado e em 2004 criou as Letras de Crédito Agrícola (LCA) que levaram à isenção fiscal e redução dos custos e investimentos, agora a indústria está criando o Plano Mais Produção.

"Isso não tem que ser um plano de governo, tem que ser um programa de Estado. E para isso, numa democracia moderna, precisamos de uma agenda de pressão política, da mesma maneira que estamos criando as Letras de Crédito de Desenvolvimento (LCD), reduzindo o custo da produção no País. Esse é uma agenda de Estado e será fundamental a partir da capacidade da indústria brasileira fazer a pressão política necessária", emendou Lucchesi.

Ele lembrou que o Estado Brasileiro custa de R$ 3,3 trilhões e que a indústria tem um plano de mais produção de R$ 300 bilhões para quatro anos.

"São R$ 75 bilhões, na sua maioria comprometidos. Eu estou na presidência do Conselho do BNDES e as contratações da indústria saltaram de R$ 10 bilhões ao ano em 2021 para mais de R$ 80 bilhões a partir de 2023. Então é um salto. Há uma mudança, há uma inflexão, há dinheiro novo sendo colocado. Para inovação, salta de R$ 1 bilhão para mais de R$ 10 bilhões. Há um vendo de mudança, mas o mundo rico está alocando US$ 12 trilhões em políticas industriais", disse acrescentando que o Brasil não pode ficar preso à agenda de fracassos a que se acostumou.

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