A captação líquida da indústria de fundos chegou em R$ 500 milhões em 2015, ante R$ 1,4 bilhão no ano passado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 11, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Em dezembro, conforme a entidade, a indústria registrou o segundo maior resgate líquido do ano, que refletiu a cobrança do “come-cotas”, chegando a R$ 13,1 bilhões.
Com isso, o patrimônio líquido da indústria somou R$ 2,98 trilhões, um crescimento de 10,6% em relação a 2014, quando alcançou R$ 2,69 trilhões. Com a forte desvalorização do real em relação ao dólar, os fundos cambiais foram os que mais geraram rentabilidade no ano passado, com ganhos de 50,86%.
“Apesar dos resgates, a maioria das categorias de fundos registrou rentabilidades positivas, mostrando que há oportunidades de ganho, mesmo em cenários difíceis”, disse o vice-presidente da Anbima, Robert Van Djik.
Considerando a entrada de recursos, os fundos de Previdência e de Participação foram os líderes, com captação líquida de R$ 39 bilhões e R$ 23,6 bilhões, respectivamente. Na outra ponta, os fundos de ações foi a categoria que encerrou 2015 com mais resgates, com saída líquida de R$ 18,7 bilhões. “A aversão ao risco levou o investidor para fundos com menor exposição à volatilidade,” afirma Van Djik.