Economia

Indústria e consumo de famílias reduzem alta de serviços

As perdas na indústria e o freio no consumo das famílias impactaram os resultados do setor de serviços. A alta de apenas 0,2% no PIB de serviços no segundo trimestre, ante o mesmo período do ano passado, teve ajuda de dois subsetores: serviços de informação, com expansão de 3%; e intermediação financeira e seguros, com avanço de 2,5%. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O resultado de serviços de informação cresceu muito por causa de internet e televisão”, contou Rebeca Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE. No caso de intermediação financeira, embora o crédito esteja em desaceleração, Rebeca explicou que as instituições financeiras têm tido aumento de receita com outros serviços que implicam cobrança de tarifas.

Também registraram resultado positivo no segundo trimestre os serviços imobiliários e aluguel (1,5%), administração, saúde e educação públicas (1,3%) e transporte, armazenagem e correios (0,9%).

Na direção oposta, houve retração nos subsetores de outros serviços (-1,6%) e comércio atacadista e varejista (-2,4%). “O comércio atacadista está completamente relacionado à industria de transformação, por isso foi afetado nesse trimestre e está com queda”, justificou Rebeca. Segundo a gerente do IBGE, o PIB de serviços é impactado tanto pela indústria quanto pelo consumo das famílias.

“Uma parte grande de serviços vai para o consumo das famílias, mas tem uma parte também que é a consumida pela própria indústria. Na verdade, é um misto das duas coisas. E tem parte que é exportada, mas é bem menor. Os serviços são muito mais influenciados pelo mercado interno do que externo. Os serviços são prestados a empresas, ou a outras empresas de serviços ou à indústria ou agropecuária, ou tem como destino o consumo das famílias”, explicou ela.

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