Apesar da melhora na produção registrada no último bimestre de 2016, a indústria registrou perdas em 23 dos 26 ramos pesquisados no fechamento do ano. A produção industrial caiu 6,6% em 2016, o terceiro ano consecutivo de retração, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dos 805 produtos investigados, 72,8% tiveram redução na produção. Entre as atividades, as maiores influências sobre o total nacional foram das indústrias extrativas (-9,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-8,5%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,4%).
Outras contribuições negativas foram de máquinas e equipamentos (-11,8%), produtos de minerais não-metálicos (-10,9%), outros equipamentos de transporte (-21,7%), metalurgia (-6,6%), produtos de metal (-9,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-14,8%), produtos de borracha e de material plástico (-7,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-8,5%), produtos do fumo (-25,6%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-5,8%) e móveis (-11,0%).
Na direção contrária, os destaques positivos entre as três atividades que ampliaram a produção em 2016 foram os setores de produtos alimentícios (0,6%) e celulose, papel e produtos de papel (2,5%).
“Tivemos o açúcar explicando o crescimento no fechamento do ano para os produtos alimentícios, e a fabricação de celulose explicando o avanço no setor de papel”, contou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.