A indústria mineira continuará a demitir no segundo semestre, aponta sondagem divulgada nesta terça-feira, 28, pela Federação das Indústrias do Estado (Fiemg). De acordo com a pesquisa, os indicadores confirmam que a atividade segue desaquecida e sem sinais claros de recuperação até o fim de 2015 e a expectativa para os próximos seis meses é de demissão para cerca de 46% das 206 empresas consultadas. Ainda de acordo com o levantamento, 59% das indústrias diminuíram o número de empregados nos últimos seis meses.
Conforme a Fiemg, os motivos dos desligamentos são a necessidade de redução na produção e a dificuldade financeira das empresas. Para minimizar a quantidade de demissões, as indústrias mineiras estão adotando medidas paliativas, como a diminuição de turnos, uso de banco de horas, férias coletivas não programadas e redução na jornada de trabalho. Essa última ação (redução na jornada de trabalho) pode ganhar força nos próximos meses devido à sanção do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), prevê a Fiemg.
A federação ainda observou, no Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (ICEI-MG), também divulgado nesta terça-feira, que o pessimismo dos empresários continua acentuado em relação às condições atuais e futuras da economia brasileira, o que reflete na tomada de decisões do setor. O ICEI-MG registrou, em julho, 34,3 pontos (números abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança), um dos menores índices da série histórica da pesquisa.
Segundo a Fiemg, a falta de otimismo é geral em todos os portes, mas as pequenas e médias empresas mostraram números ainda mais baixos, 32,2 e 32,4 pontos, respectivamente. O levantamento ainda mostrou que a expectativa do setor industrial é de que a crise se estenda pelo próximo ano.