O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se pronunciou nesta terça-feira sobre a briga de torcidas que matou um homem de 29 anos em Atenas, na Grécia, horas antes da partida entre AEK Atenas e Dínamo de Zagreb, da Croácia, pela fase qualificatória da Liga dos Campeões. Ao condenar o episódio de violência, o dirigente pediu uma resposta rápida das autoridades.
"Não há espaço para a violência no futebol, seja dentro, fora de campo ou na sociedade. Assim como todos da Fifa, estou comovido por todos os afetados por este trágico incidente e convoco todas as autoridades relevantes para que garantam as ações necessárias neste momento", escreveu Infantino em publicação na sua página oficial do Instagram.
Depois do ocorrido, o primeiro-ministro da Croácia, Andrej Plenkovic, telefonou para o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, para tratar do assunto. A partida, que seria realizada na terça-feira, foi adiada, e o poder público grego pediu que ela seja disputada sem a presença de torcedores.
A Uefa temia que um incidente do tipo pudesse ocorrer, uma vez que os torcedores do Dínamo costumam protagonizar cenas de desordem. Até por isso, já havia proibido venda de ingressos para a torcida visitante. O time croata tem uma ala de extrema direita em sua torcida, conhecida como "Bad Blue Boys".
Mesmo com a proibição, diversos confrontos foram registrados na Grécia entre a noite de segunda-feira e madrugada desta terça De acordo com a polícia grega, 88 prisões já foram efetuadas, a maioria de torcedores croatas. Uma das brigas ocorreu na parte externa do estádio do AEK, em Nea Philadelphia, cidade nos arredores de Atenas.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram coquetéis molotov sendo lançados e brigas com bastões de madeira. Ao menos oito pessoas ficaram feridas. O homem que morreu, identificado apenas pelo primeiro nome, Michalis, foi esfaqueado.