Na contramão do varejo, a indústria reduziu os preços dos produtos na porta de fábrica. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou deflação de 0,28% em novembro do ano passado, após ter avançado 1,77% em outubro, informou nesta sexta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi puxado pelo tombo de 10,08% nos preços da indústria extrativa, derrubados pela menor cotação do barril de petróleo e do minério de ferro no mercado internacional.
Já a indústria de transformação ainda registrou um ligeiro avanço nos preços, de 0,05%, no IPP de novembro. A única categoria ainda com aumento foi a de bens de consumo não duráveis. “O que puxa essa alta é o álcool. A produção de cana-de-açúcar foi menor do que se esperava, então teve redução da oferta. E, como a gasolina tem subido, aumentou a demanda e a pressão sobre o etanol”, explicou Alexandre Brandão, gerente do IPP no IBGE.
Apesar da redução registrada em novembro, a valorização do dólar ao longo do ano sustentou a alta de 9,35% da inflação da indústria acumulada de janeiro a novembro.
O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação.