O índice de preços ao consumidor dos 34 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiu 1,2% em janeiro na comparação anual, ante 0,9% em dezembro. Esta é a maior taxa desde novembro de 2014 e registra o quarto aumento mensal consecutivo. Com isso, a inflação chega mais perto dos 2,0%, valor considerado pela maioria dos bancos centrais de economias desenvolvidas como um crescimento saudável.
Já a taxa de inflação nas 20 maiores economias atingiu 2,6% em janeiro em relação ao mesmo período do ano passado, ante 2,5% em dezembro. O G-20 é responsável por 85% da produção econômica global estimada. Apesar da melhora da inflação, a organização alerta para uma possível desaceleração nos próximos meses diante da queda acentuada dos preços das commodities desde o início do ano.
A aceleração da inflação é provável que não forneça muito alívio para os bancos centrais, uma vez que foi impulsionada por uma estabilidade dos preços da energia no final de 2015, que já foi revertida. Previsões para fevereiro mostraram que os preços ao consumidor já começaram a cair novamente na zona do euro, e outras partes da economia global são suscetíveis de ter experimentado uma flexibilização similar nas pressões inflacionárias.
A OCDE disse que os preços de energia em seus 34 membros caíram 5,4% nos 12 meses até janeiro, depois de cair 8,6% nos 12 meses até dezembro. Excluindo os preços de energia e alimentos, a taxa do núcleo da inflação permaneceu inalterada em 1,9%.
Segundo a OCDE, sete dos seus membros experimentaram um declínio nos preços ao longo dos 12 meses até janeiro. Com exceção de Israel, todos estavam na Europa, com a Suíça liderando a baixo baixa, de 1,3%.
Alguns bancos centrais já responderam à perspectiva de inflação mais fraca e já anunciaram estímulos adicionais, como, por exemplo, o Banco do Japão e da Suécia Riksbank. Agora, o mercado aguarda que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie algum tipo de estímulo na reunião do dia 10 de março, enquanto o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) deverá apertar sua política monetária ao longo deste ano. Fonte: Dow Jones Newswires.