A inflação de serviços – usada como termômetro de pressões de demanda sobre os preços – passou de um aumento de 0,70% em novembro para uma alta de 0,60% em dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A alta nos serviços foi puxada pelas passagens aéreas e pela alimentação fora de casa, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
"Os serviços sobem (em dezembro) com alta de passagens aéreas e alimentação fora do domicílio. Normalmente, nesses meses de férias, final de ano, as famílias tendem a demandar mais restaurante, lanchonete, tendem a demandar mais esse tipo de estabelecimento. Isso pode influenciar a variação de alimentação fora do domicílio", justificou Almeida. "A alta nas passagens aéreas pode ser explicada pela época do ano, em que as famílias viajam mais."
Já os preços de itens monitorados pelo governo saíram de alta de 0,16% em novembro para aumento de 0,31% em dezembro.
No acumulado em 12 meses, a inflação de serviços passou de 6,05% em novembro para 6,22% em dezembro. A inflação de monitorados em 12 meses saiu de 9,07% em novembro para 9,12% em dezembro.
O IPCA foi de 4,62% no ano de 2023.
"De maneira geral, a gente pode dizer que a inflação de 2023 foi puxada pelos monitorados. O índice de monitorados ficou acima do índice geral", resumiu Almeida.
O avanço de 9,12% nos itens monitorados pelo governo em 2023 foi o mais elevado para encerramento de ano desde 2021, quando esse grupo de bens e serviços acumulou elevação de 16,90%.