O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmou que a inflação nos Estados Unidos está "muito acima" da meta de 2% ao ano, ao traçar um cenário de comparação com a situação do custo de vida dos americanos no fim da década de 1970. Segundo ele, é obrigação das autoridades monetárias controlarem o custo de vida nas economias e restabelecerem a estabilidade de preços, que é a base de uma economia forte.
"A estabilidade de preços é realmente a base de uma economia forte e a economia não funciona para ninguém sem estabilidade de preços", disse Powell, ao comentar lições sobre o fim da década de 1970, durante a Thomas Laubach Research Conference, criada em homenagem ao legado de Thomas Laubach, ex-diretor da Divisão de Assuntos Monetários do Fed.
O presidente da Fed que, naquela época, a inflação alta era "parte permanente da paisagem", algo que todos tinham de aceitar e cujos custos eram muito elevados. No entanto, depois o Fed atuou para combatê-la e restaurou a estabilidade de preços nos Estados Unidos. "Quando temos inflação alta é responsabilidade e obrigação do banco central restaurar e sustentar a estabilidade de preços", afirmou.
Ele disse que apesar de o custo de vida dos americanos na atualidade não ser tão elevado como em 1970, a inflação ainda está muito acima da meta do Fed, de 2% ao ano. Powell disse que muitas pessoas estão experimentando a inflação alta pela primeira vez em suas vidas e que isso impõe muitas dificuldades, reduz o poder de compra, principalmente, para aqueles que estão à margem da economia.
"E é por isso que o comitê está tão fortemente comprometido em voltar a inflação à nossa meta de 2%. Acreditamos que o fracasso em reduzir a inflação não apenas prolongaria a dor, mas também aumentaria, em última análise, os custos sociais de voltar à estabilidade de preços, causando danos ainda maiores às famílias e empresas", disse Powell. "Pretendemos evitar isso permanecendo firme na busca de nossos objetivos", concluiu.