O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou nesta terça-feira, 17, que a inflação da zona do euro está desacelerando, mas deve seguir acima da meta da autoridade monetária até o fim do ano. Já a atividade econômica da região permanece "moderada" e deve estagnar no mesmo período, avaliou.
O dirigente também ressaltou que as posições dos bancos da zona do euro permanecem "sólidas" e "os resultados do teste de estresse realizado pelo BCE em 2023 confirmam que o sistema bancário da região poderá resistir a um cenário adverso grave", destacou, em evento na 5ª conferência de investigação e política macroprudencial do BCE.
Segundo Guindos, entretanto, as perspectivas de estabilidade financeira da zona do euro são "frágeis" e a turbulência bancária ocorrida no início do ano apontou a necessidade de mitigar os riscos sistêmicos de liquidez.
A autoridade também avalia que determinadas reservas de capital podem ser liberadas para diminuir o risco de desalavancagem. "Portanto, considerando as perspectivas desafiadoras para a estabilidade financeira, uma questão pertinente é se este é o momento certo para a política macroprudencial liberar reservas de capital".