Economia

Infraero realiza licitação para concessão de terminal de cargas no Campo de Marte

A Infraero realiza na terça-feira, 17, a licitação para conceder à iniciativa privada a exploração comercial de um armazém de 4,3 mil m2 no Aeroporto Campo de Marte (SP), que servirá como terminal de logística de carga. Marcada para as 9 horas no portal de licitações eletrônicas do Banco do Brasil, a disputa prevê a concessão do espaço por 10 anos e tem preço mínimo mensal de R$ 60 mil e preço básico inicial de R$ 100 mil.

A área conta com um pátio de estacionamento de aeronaves com 22 posições, sendo uma posição para estacionamento da aeronave King Air 350 ou três para estacionamento do modelo Gran Caravan, que pode ser utilizado como cargueiro. Já as outras posições são limitadas a aeronaves de menor porte.

De acordo com o edital, o futuro concessionário não terá investimentos obrigatórios a fazer no espaço, de modo que deverá arcar com eventuais adequações estruturais e futuras ampliações se autorizadas pela estatal.

O edital estabelece ainda que a empresa vencedora terá liberdade de escolher produtos e serviços mais aderentes à sua realidade mercadológica, “sem uma predefinição ou enquadramento prévio”, diz a Infraero. Caso deseje movimentar cargas internacionais, a empresa poderá solicitar à Receita Federal o alfandegamento da área para essa operação.

Em nota, a estatal destaca que a iniciativa faz parte de seu “novo posicionamento estratégico”. “A Infraero espera um grande portfólio de clientes para o aeroporto em virtude de sua posição privilegiada, próximo ao Terminal Rodoviário Tietê, à Estação Carandiru do Metrô e à Marginal do Tietê, via de acesso às rodovias estaduais e interestaduais”, diz o superintendente do aeroporto paulistano Carlos Haroldo Novak.

Apesar de não possuir voos de linhas aéreas regulares, o terminal é o 5º maior em movimento operacional no Brasil. No ano passado, 69.137 aeronaves pousaram ou decolaram no Campo de Marte, transportando 118.984 passageiros. Cerca de metade das operações é feita por helicópteros, mas o aeroporto funciona ainda como hub do agronegócio brasileiro e como centro de formação de pilotos.

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