Com um trabalho pioneiro, o Instituto Recicla Cidadão completa três anos de coleta seletiva na cidade, com milhares de atendidos e trabalhadores que disseminam a consciência ambiental.
Atualmente, o instituto realiza gratuitamente a coleta seletiva em 3.800 residências, espalhadas por 44 bairros de Guarulhos. "Nosso trabalho consiste não só em coletar os materiais, mas em informar a população e promover a educação ambiental", menciona o fundador do Recicla Cidadão, William Paneque.
A iniciativa também chega a escolas e empresas, do município e da Capital, que aderiram às campanhas de pontos de coleta. "Desta forma, além do descarte da empresa, funcionários podem levar materiais e descartá-los de forma correta em seu local de trabalho", destaca o fundador.
Para que a ação se concretize, a entidade conta com 40 funcionários, contratados em regime CLT, que atuam na coleta e separação de materiais, na limpeza e no atendimento a visitantes.
A cada mês, o instituto faz o importante trabalho de arrecadar em média 200 toneladas de materiais. No entanto, Paneque comenta que Guarulhos tem cerca de mil toneladas geradas diariamente.
Fundador cobra ações para a destinaçao final do lixo
"A partir daí vemos a grande lacuna que há no enfrentamento do problema. São necessárias políticas públicas no sentido de combater o descarte indevido e promover a consciência". Paneque afirma ainda que, embora alguns cidadãos façam a separação de materiais recicláveis, sem que a administração pública propicie o destino correto, este lixo chega aos aterros e o meio ambiente é prejudicado.
Em três anos de pioneirismo, o Recicla Cidadão já foi reconhecido com premiações, como o selo de ONG Amiga do Meio Ambiente. Paneque ressalta, "o instituto é um sinalizador de modelo de gestão para que esta realidade seja mudada".
Ações sociais – O Instituto Recicla Cidadão também desenvolve diversas ações sociais, como palestras educacionais, cursos de capacitação para a comunidade.
Na sede da entidade, localizada na Vila Rosália, a população tem a disposição uma biblioteca comunitária e um telecentro, recursos que já beneficiaram mais de cinco mil pessoas. "A sustentabilidade só é possível com o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, ambiental e social", diz Paneque.