Integrantes do DEM trataram de isolar o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que insinuou nesta terça-feira, 13, que o presidente Michel Temer deveria renunciar ao mandato e convocar eleições gerais.
Os principais nomes da legenda afirmaram que a declaração do senador goiano se trata de um posicionamento pessoal e não do partido. Reservadamente, porém, um deles admitiu que a posição mais crítica de Caiado faz parte da estratégia do senador para se lançar candidato à Presidência em 2018.
O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), afirmou se tratar de um posicionamento “pessoal” e “isolado” de Caiado. Pauderney disse ter procurado o senador goiano para conversar logo após as declarações dele à imprensa.
“Respeito (a posição de Caiado), mas não estamos discutindo isso”, disse o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE).
Em nota, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), também afirmou que a manifestação de Caiado não representa o posicionamento do partido.
O senador goiano, que é líder do DEM no Senado, disse em entrevista que uma boa saída para a crise do País seria um “gesto maior” de Temer e que não era preciso ter medo de “antecipar eleições”. Ele afirmou que Temer precisava ter a “sensibilidade que Dilma não teve” e ouvir as demandas que vêm das ruas.