Autoridades americanas afirmaram nesta quinta-feira, 24, que o avião que transportava Ievgeni Prigozhin, líder do grupo Wagner, caiu como resultado de um plano de assassinato, mas descartaram o uso de um míssil como causa da queda.
Segundo uma avaliação preliminar realizada pelo governo dos EUA, autoridades de inteligência acreditam que a queda do avião a noroeste de Moscou pode ter ocorrido por causa da explosão de uma bomba na aeronave ou alguma outra forma de sabotagem.
Nas últimas horas, canais de redes sociais próximos ao grupo Wagner disseram que a aeronave foi derrubada por um míssil antiaéreo militar russo. Contudo, um alto funcionário do governo Biden desqualificou hoje esta teoria: "Não temos informações no momento que sugiram que um míssil terra-ar tenha sido lançado contra a aeronave particular que supostamente transportava Ievgeni Prigozhin", disse o general da Força Aérea Pat Ryder, porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, em uma coletiva de imprensa na quinta-feira.
"Nossa avaliação inicial é que é provável que Prigozhin tenha sido assassinado", disse Ryder. Esta é a primeira confirmação da morte de Prigozhin por parte dos EUA.
Autoridades do Departamento de Defesa americano afirmaram que satélites dos EUA com sensores infravermelhos têm a capacidade de detectar o calor dos lançamentos de mísseis, mas nenhum foi detectado no momento em que o avião foi derrubado.
O porta-voz do Departamento de Defesa afirmou que as agências de inteligência continuam analisando o ocorrido.
Prigozhin viajava no avião privado da Embraer que caiu na tarde de quarta-feira, 23, no centro da Rússia, causando a morte de seus dez ocupantes.
Segundo informou a agência de aviação civil Rosaviatsia, sete passageiros viajavam no Embraer-135, incluindo Prigozhin e seu braço direito, Dmitri Utkin, ex-oficial da inteligência militar russa.
O governo russo disse que está investigando a causa do acidente, mas não ofereceu maiores explicações. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)