A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), calculada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 0,8% em novembro ante outubro, para 69,8 pontos, no maior patamar desde maio, auge da crise causada pela pandemia de covid-19. Foi o terceiro aumento seguido do ICF, informou a CNC.
Apesar da recuperação com as altas recentes, o ICF ainda registrou o pior nível para os meses de novembro desde o início da série histórica, em janeiro de 2010. Em relação a novembro de 2019, o ICF teve um tombo de 26,7%, na oitava retração consecutiva nesta base comparativa. A ICF está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.
Nas avaliações sobre a situação atual, o item relacionado à renda se destacou, segundo a CNC, com alta de 0,2%, depois de sete quedas consecutivas, chegando a 77 pontos. Em outubro, esse subíndice tinha registrado o menor patamar da série histórica.
O subíndice que mede a satisfação dos brasileiros com relação ao emprego registrou o terceiro crescimento seguido, com alta de 0,6%. É o item de pontuação mais elevada (86,8 pontos) na composição do ICF.
Nas perspectivas para o futuro, a perspectiva de consumo aumentou 1,4%, atingindo 65,1 pontos, após ter acumulado duas quedas seguidas.
Entre os itens que compõem as condições de consumo, o Acesso ao Crédito recuou 0,3%, após duas altas seguidas, atingindo 82,6 pontos. O Momento para Duráveis também registrou retração (-3,1%), depois de três aumentos consecutivos, na queda mais expressiva entre os itens da pesquisa. Esse é o subíndice de menor pontuação na ICF (42 pontos).