O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria recuou 12,3 pontos no primeiro trimestre de 2016 em relação ao trimestre imediatamente anterior, informou na manhã desta quinta-feira, 10, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 72,6 pontos, o menor patamar da série histórica, iniciada no terceiro trimestre de 2012.
“A queda do indicador de Intenção de Investimentos no primeiro trimestre de 2016 mostra que a indústria ainda não vislumbra, até o final deste ano, uma mudança expressiva no quadro de ampla ociosidade e baixo crescimento. O resultado reflete também a elevada incerteza com o ambiente político”, avaliou, em nota, Aloisio Campelo Jr., superintendente ajunto para Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (IBRE/FGV).
No primeiro trimestre de 2016, apenas 16,8% das empresas preveem investir mais nos 12 meses seguintes, contra uma fatia de 15,7% registrada no ano anterior. Na direção contrária, 44,2% das empresas preveem investir menos nos 12 meses seguintes, contra os 30,8% registrados no trimestre anterior.
O Indicador de Intenção de Investimentos mede a disseminação do ímpeto de investimento das empresas industriais, com objetivo de antecipar tendências econômicas. A FGV explica que o indicador abaixo do patamar de 100 pontos decorre da existência de mais empresas prevendo diminuir investimentos do que aumentá-los nos 12 meses seguintes.