Opinião

Intervenções viárias urgentes

A possível desapropriação de um quarteirão inteiro entre a avenida Nossa Senhora Mãe dos Homens e ruas Jardim Alegre e XI de Agosto, na região central, conforme reportagem publicada com exclusividade pelo HOJE da edição passada, é uma dessas ações mais do que necessárias no município e que merecem ser adotadas em um curto espaço de tempo. O local já não suporta o grande tráfego de veículos que passam por lá a qualquer hora do dia. Com a entrega do conjunto de apartamentos, localizado em frente, previsto para as próximas semanas, o caos será inevitável. Aliás, essa é uma das previsíveis consequências denunciadas em diferentes ocasiões neste e em outros espaços do crescimento desordenado do município.


Infelizmente, a Secretaria Municipal de Transportes e


Trânsito, em vez de colocar as cartas na mesa, e apresentar à sociedade os planos que têm para o município, nos mais diversos bairros, prefere “brincar” de esconde-esconde. Muitas vezes, o chefe da Pasta, Atílio José Pereira, esbarra na má vontade de alguns assessores, que teimam em – inexplicavelmente – escondê-lo da mídia. Desta forma, a imprensa busca informações extraoficiais no sentido de mostrar para a população que existem sim projetos que podem ajudar a minimizar o caos no trânsito.


O quarteirão da Mãe dos Homens já deveria ter vindo abaixo há muito tempo. Desde que ocorreram as inversões de mãos de direção da Jardim Alegre e XI de Agosto, como forma de melhorar a fluidez no cruzamento com a Tiradentes, a confluência com a Mãe do Homens se tornou impraticável. Mas até agora nada foi feito. Fica tudo no mundo das especulações.


Outros pontos da região central também precisam de intervenções urgentes, como a confluência da Avelino Alves Machado com


a Tiradentes – que tem um projeto viável engavetado há pelo menos quatro anos -, e a região do Bosque Maia, mais precisamente no cruzamento da João XXIII com a confluência da Paulo Faccini com Salgado Filho, onde os motoristas chegam a ficar mais de 20 minutos para atravessar em horários de maior movimento. Isso para citar apenas dois exemplos.


Ou seja, os problemas não são poucos e os guarulhenses precisam de respostas. Passa da hora da Prefeitura vir a público e mostrar detalhadamente o que pretende fazer – em curto prazo – para ao menos minimizar os efeitos do rápido boom imobiliário que a cidade vive.

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