Economia

Investidor mantém cautela e Bovespa fecha em queda de 1,02%

Os investidores não demonstraram apetite pelo mercado de ações nesta sexta-feira, 25, e a Bovespa fechou em queda de 1,02%, aos 44.831,46 pontos. Em um dia de menor tensão nos mercados de câmbio e juros e melhora do humor no mercado internacional, a cautela com o cenário interno prevaleceu na renda variável brasileira. Além disso, algumas ações tiveram motivos particulares para cair, contribuindo para as perdas do Ibovespa.

Entes as ações que compõem o índice, Petrobras, Vale, Pão de Açúcar e bancos estiveram entre os destaques de baixa. Os papéis da Petrobras reagiram à revisão para baixo feita pelo Bank of America Merril Lynch das estimativas para investimentos e resultados. Outra notícia de impacto foi a do processo movido pela Fundação Bill & Melinda Gates, maior instituição filantrópica do mundo, contra a Petrobras em Nova York, para recuperar perdas com investimentos feitos desde 2009 em papéis da empresa brasileira. Petrobras PN fechou em queda de 2,01% e Petrobras ON, de 2,65%.

A bolsa brasileira chegou a operar em alta no início do dia, mas não teve fôlego para sustentar a tendência. À tarde, o Ibovespa passou a renovar mínimas, acompanhando a piora das bolsas norte-americanas. O índice Nasdaq, da Bolsa de Nova York, fechou em queda de 1,01%, pressionado por ações do setor de biotecnologia. O Dow Jones terminou o dia em alta de 0,70% e o S&P, em baixa de 0,05%.

No mercado acionário norte-americano, as ações oscilaram principalmente em repercussão a termômetros da economia local, que podem indicar o rumo da política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Um discurso otimista da presidente do Fed, Janet Yellen, ontem, animou os mercados locais, embora a alta de 3,9% do PIB americano no segundo trimestre, acima das expectativas, tenha contido o movimento das bolsas, por indicar maiores chances de elevação de juros no país.

Na avaliação dos profissionais do mercado, a falta de interesse por ações no Brasil refletiu principalmente a cautela dos investidores diante da expectativa por uma semana repleta de definições. São esperados para a próxima semana o anúncio da reforma ministerial, a apreciação dos seis vetos presidenciais que ainda restam ao Congresso e votação da proposta para a volta da CPMF, entre outros pontos.

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