Os juros futuros abriram em alta nesta terça-feira, 26, e aceleraram o ritmo há instantes, conforme o mercado assimila a inflação de março medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA-15) e o teor da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O IPCA-15 ficou em 0,36%, acima da mediana das estimativas do Projeções Broadcast, que indicava alta menor, de 0,32%.
Entre os destaques da inflação ficou a alta de 0,91% de alimentos e bebidas. Apesar da desaceleração em relação ao mês anterior (0,97%), analistas consideraram o porcentual ainda bastante elevado.
Já a ata do Copom foi considerada "hawkish" (dura), com a interpretação de que o colegiado, apesar de afirmar que o cenário não mudou, mostra-se preocupado com o ritmo lento da desinflação no Brasil e no exterior.
"O Banco Central parece estar mais atento e preocupado com a transmissão dos ganhos reais de salários sobre a inflação futura e suas elasticidades, em especial na inflação de serviços. Avaliamos que isso seria o gatilho fundamentalista para desacelerar o ritmo da queda dos juros para 25 pontos no máximo em junho", disse Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust.
Às 10h26, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 9,925%, ante 9,883% do ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2026 projetava 9,895%, contra 9,811% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2027 era de 10,140%, ante 10,050%.