Os bancos no Brasil reduziram os investimentos em tecnologia da informação em 9,5% no ano passado, para R$ 19 bilhões ante os R$ 21 bilhões registrados em 2014, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) obtidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. A redução, explica a entidade, acompanha a tendência global do segmento. No mundo, conforme estudo da Gartner, a tecnologia bancária consumiu US$ 351 bilhões em investimentos em 2015, queda de 3,0% em relação à cifra do ano anterior, de US$ 362 bilhões.
Apesar da queda no ano passado, os recursos destinados à tecnologia da informação pelos bancos seguiu no patamar dos últimos cinco anos, cuja média foi de R$ 20 bilhões por ano. Os dados constam na Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária de 2015, realizada pela Deloitte.
Do total dos investimentos e despesas dos bancos brasileiros em TI no ano passado, conforme o estudo, 44% foram destinados para software (programas), 35% para hardware (parte física da máquina) e 20% para telecom. Em 2015, os recursos aplicados em software cresceram, segundo a pesquisa da Febraban, cinco pontos porcentuais. O aumento, destaca a federação, mostra esforço dos bancos para aumentar e aperfeiçoar a experiência digital dos clientes.
O setor bancário respondeu por 13% dos investimentos feitos em tecnologia da informação no ano passado, atrás apenas do governo, cuja participação foi de 14%, de um total de US$ 51 bilhões registrados em 2015, de acordo com levantamento da consultoria Gartner.
Com os recursos que o setor bancário investe, o Brasil é considerado o país dos chamados BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) que mais destina recursos para este fim. Além disso, o total de investimentos em TI feito pelas instituições financeiras brasileiras (13%) é o mesmo que o setor bancário mundial destinou em TI em 2015. Já os gastos mundiais com tecnologia da informação somaram US$ 7,7 trilhões no ano passado.