Economia

Investimento Direto no País soma US$ 2,926 bi em maio, mostra BC

Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 2,926 bilhões em maio, informou nesta terça-feira, 27, o Banco Central. O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast com 18 instituições financeiras, que iam de US$ 2,5 bilhões a US$ 6,0 bilhões, com mediana de US$ 3,15 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de maio indicaria entrada de US$ 2,8 bilhões.

No acumulado de 2017 até maio, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 32,456 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano, atualizada no último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), é de US$ 75,0 bilhões de IDP.

No acumulado dos últimos 12 meses até maio deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 80,720 bilhões, o que representa 4,28% do Produto Interno Bruto (PIB).

Investimento em ações

O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 802 milhões em maio, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido negativo em US$ 656 milhões.

No acumulado deste ano, o saldo está no vermelho em US$ 238 milhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações será neutro em 2017.

Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 3,218 bilhões em maio e positivo em US$ 17 milhões no acumulado do ano até o mês passado. Para 2017, a estimativa do BC também é de saldo neutro nas operações com renda fixa.

Em maio do ano passado, as aplicações em renda fixa foram negativas em US$ 5,295 bilhões e, no acumulado de janeiro a maio de 2016, negativas em US$ 12,460 bilhões. O saldo foi negativo em US$ 26,664 bilhões no ano passado.

Taxa de rolagem

O Banco Central informou também que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 149% em maio. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou bem acima do verificado em maio do ano passado, quando a taxa havia sido de 55%.

De acordo com os números apresentados nesta terça pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de “bônus, notes e commercial papers”, ficou em 263% em maio. Em igual mês de 2016, havia sido de 16%. Já os empréstimos diretos atingiram 115% no mês passado, ante 74% de maio do ano anterior.

No acumulado de 2017 até maio, a taxa de rolagem total ficou em 95%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 130% e os empréstimos diretos, de 89% no período. O BC estima taxa de rolagem de 80% para 2017.

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