Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 7,829 bilhões em setembro, informou nesta quinta-feira, 25, o Banco Central. O resultado ficou dentro das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 6,100 bilhões a US$ 8,800 bilhões, com mediana de US$ 7,100 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de agosto indicaria entrada de US$ 7,000 bilhões.
No acumulado do ano até setembro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo somou US$ 52,208 bilhões. A estimativa do BC para este ano, atualizada em setembro, é de IDP de US$ 72,0 bilhões.
No acumulado dos 12 meses até setembro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 70,766 bilhões, o que representa 3,68% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investimento em ações
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou negativo em US$ 1,754 bilhão em setembro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 992 milhões.
No acumulado do ano até setembro, o saldo ficou positivo em US$ 536 milhões. Pelos cálculos do BC, o saldo das operações de investidores estrangeiros no mercado de ações será positivo em US$ 3,0 bilhões em 2018. Esta projeção considera as ações negociadas em bolsas brasileiras e no exterior e os fundos.
O aporte em fundos de investimentos no Brasil ficou negativo em US$ 927 milhões em setembro. No mesmo mês do ano passado, ele havia sido negativo em US$ 178 milhões. No acumulado do ano até setembro, houve retiradas de US$ 3,100 bilhões dos fundos de investimentos.
Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 774 milhões em setembro. No mesmo mês do ano passado, havia ficado negativo em US$ 891 milhões.
No ano até setembro, o saldo em renda fixa ficou positivo em US$ 338 milhões. Para 2018, a estimativa do BC é de saldo neutro nas operações com renda fixa.
Taxa de rolagem
O Banco Central informou que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 118% em setembro. Esse patamar significa que houve captação de valor em quantidade para rolar compromissos das empresas no período.
O resultado ficou abaixo do verificado em setembro do ano passado, quando a taxa havia sido de 168%.
De acordo com os números apresentados nesta quinta pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo ficou em 35% em setembro. Em igual mês de 2017, havia sido de 248%. Já os empréstimos diretos atingiram 173% no mês passado, ante 114% de setembro do ano anterior.
No ano até setembro, a taxa de rolagem total ficou em 95%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 127% e os empréstimos diretos, de 85% no período. O BC estima taxa de rolagem de 90% para 2018.