O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,57% na primeira quadrissemana de janeiro, 0,20 ponto porcentual abaixo da taxa registrada na divulgação anterior (0,77%), informou nesta quarta-feira, 8, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Nesta divulgação, quatro das oito classes de despesa mostraram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição para baixo partiu do grupo de Alimentação (2,56% para 2,30%), por causa da desaceleração das carnes bovinas (16,56% para 11,07%).
Também tiveram decréscimo nas taxas Educação, Leitura e Recreação (0,09% para -0,30%), puxada por passagem aérea (-1,93% para -9,01%); Despesas Diversas (1,64% para 0,39%), com desaceleração do jogo lotérico (10,21% para 2,85%); e Transportes (1,17% para 1,16%), por causa da tarifa de táxi (9,31% para 6,0%).
Em contrapartida, três grupos mostraram alta nas taxas: Vestuário (0,36% para 0,62%), puxado pela inflação de roupas (0,50% para 0,67%); Comunicação (0,16% para 0,24%), devido ao comportamento da mensalidade para TV por assinatura (-0,35% para 0,28%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,36% para 0,38%), com artigos de higiene e cuidado pessoal (0,64% para 0,73%).
Já o grupo de Habitação repetiu a taxa de -0,76% registrada na apuração anterior. As principais influências partiram da tarifa de eletricidade residencial (-5,32% para -4,08%) e do desinfetante (1,70% para -0,09%).
<b>Influências individuais</b>
Apesar da desaceleração nas taxas, três cortes de carne ainda estão entre os principais itens que ajudaram a puxar para cima o IPC-S: costela bovina (17,23% para 16,48%), alcatra (17,40% para 13,53%) e contrafilé (20,65% para 11,43%). Também fizeram pressão ascendente a gasolina (3,28% para 3,12%) e o etanol (4,71% para 6,67%).
Na outra ponta, além da tarifa de eletricidade residencial e da passagem aérea, ajudaram a puxar o indicador para baixo o condomínio residencial (-0,93% para -0,88%), a cebola (-10,09% para -10,35%) e o automóvel usado (-0,15% para -0,13%).