O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,21% em dezembro depois de registrar alta de 0,36% em novembro, divulgou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 2. Assim, o indicador atingiu, em 2017, aumento de 3,23%, alívio forte da taxa de 6,18% acumulada em 2016.
As variações de dezembro e de 2017 ficaram dentro dos intervalos de estimativas da pesquisa do Projeções Broadcast, mas ambas abaixo das medianas, de 0,25% e 3,26%, respectivamente. Para o mês, as estimativas variavam de 0,20% a 0,29% e, para o ano, as projeções eram de 3,22% a 3,30%.
Na quarta quadrissemana de dezembro na comparação com a anterior, o IPC-S também mostrou alívio, de 0,27% para 0,21%. Cinco das oito classes de despesas analisadas apresentaram decréscimo em suas taxas de variação no período: Habitação (-0,08% para -0,33%), Educação, Leitura e Recreação (0,75% para 0,37%), Vestuário (0,53% para 0,11%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,49% para 0,45%) e Transportes (0,80% para 0,78%).
Em contrapartida, registraram aceleração nos preços os grupos Alimentação (0,03% para 0,27%), Despesas Diversas (0,18% para 0,21%) e Comunicação (-0,08% para -0,07%).
Energia elétrica
A desaceleração de 0,27% para 0,21% do IPC-S da terceira para quarta quadrissemana de dezembro teve como principal indutor o grupo Habitação, mais precisamente o item energia elétrica, afirmou a FGV. O segmento registrou queda de 0,33% na última quadrissemana do mês passado, depois de recuo de 0,08% na quadrissemana anterior.
Já a conta de luz ficou 2,93% mais barata na quarta leitura de dezembro depois de declínio de 1,78% na terceira quadrissemana. Em 2017, o IPC-S subiu 3,23% ante 6,18% em 2016.
Das outras classes de despesas que registraram alívio entre a terceira e a quarta quadrissemana de dezembro, a FGV destaca a influência de passagem aérea (10,72% para 1,02%) em Educação, Leitura e Recreação; roupas (0,67% para 0,17%) no grupo Vestuário; artigos de higiene e cuidado pessoal (0,35% para 0,10%) em Saúde e Cuidados Pessoais; e gasolina (2,52% para 2,07%) no segmento Transportes.
Por outro lado, hortaliças e legumes (-2,82% para -0,29%) encareceram os preços de Alimentação, enquanto alimentos para animais domésticos (1,18% para 1,89%) contribuíram para a aceleração de Despesas Diversas e tarifa de telefone residencial (-1,85% para -1,01%) reduziu a deflação de Comunicação.
Principais influências
Individualmente, as principais influências de baixa no IPC-S da quarta quadrissemana de dezembro foram, além de energia elétrica, tarifa de ônibus urbano (mesmo com a taxa maior, de -0,95% para -0,90%), condomínio residencial (-0,11% para -0,53%), carne moída (-1,57% para -2,91%) e tarifa de telefone residencial, apesar da aceleração (-1,85% para -1,01%).
Já os principais itens que fizeram pressão de alta no indicador no período foram gasolina (a despeito do alívio de 2,52% para 2,07%), plano e seguro de saúde (que manteve a taxa de 0,95%), tarifa de táxi (6,56% para 8,95%), etanol (mesmo com a desaceleração de 3,32% para 3,06%) e taxa de água e esgoto residencial (apesar da taxa menor, de 1,80% para 1,29%).