O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou de 1,07% na segunda quadrissemana de dezembro para 0,83% na terceira leitura do mês, informou nesta quinta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador acumula alta de 9,62% em 12 meses.
Quatro das oito classes de despesa pesquisadas pela FGV arrefeceram no período. O destaque ficou com o grupo Transportes (2,0% para 1,08%), puxado pelo alívio da inflação de gasolina (4,13% para 1,77%).
Também houve alívio nas taxas de Educação, Leitura e Recreação (2,94% para 1,80%), devido à passagem aérea (16,74% para 9,94%); Alimentação (0,64% para 0,59%), com hortaliças e legumes (-0,25% para -2,91%); e Comunicação (0,07% para 0,05%), puxada por serviços de streaming (0,35% para 0,28%).
Em contrapartida, a FGV apurou aceleração dos grupos Habitação (0,94% para 1,15%), com alta da tarifa de eletricidade residencial (2,49% para 3,23%); Vestuário (0,30% para 0,78%), devido aos calçados masculinos (0,41% para 1,54%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,16% para 0,17%), com aparelhos médico-odontológicos (-0,13% para 0,20%).
O grupo Despesas Diversas repetiu na terceira quadrissemana a taxa de 0,12% observada na leitura anterior, com influências em direções opostas de alimentos para animais domésticos (0,49% para 0,88%) e cigarros (0,31% para 0,16%).
<b>Influências</b>
As principais pressões para baixo sobre o IPC-S partiram de tomate (-4,21% para -7,23%), batata inglesa (-7,54% para -12,40%), leite tipo longa vida (-2,15% para -2,04%), perfume (-1,47% para -1,29%) e arroz (estável em -2,36%).
Na outra ponta, limitaram a desaceleração do índice o automóvel novo (1,01% para 1,08%) e mamão papaya (19,44% para 27,85%), além de passagem aérea, tarifa de eletricidade residencial e gasolina, ainda em níveis elevados.