Economia

IPCA para 2016 sobe de 6,47% para 6,50%, aponta Relatório Focus

A mediana das projeções para o IPCA do ano que vem chegou ao teto da meta no Relatório de Mercado Focus e está agora em 6,50%. No levantamento anterior, o ponto central da pesquisa estava em 6,47% e no de quatro semanas atrás, em 6,12%. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 16, pelo Banco Central, que já avisou não mirar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta.

No caso de 2015, a mediana avançou de 9,99% para 10,04%, atingindo, portanto, a marca de dois dígitos pela primeira vez na pesquisa geral. Esta é a nona semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável. Há quatro edições do documento, a mediana estava em 9,75%.

No caso do Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa passou de 10,16% para 10,28%. Há quatro semanas, essa mediana estava em 9,81%. Para 2016, o grupo dos analistas que costuma acertar mais as estimativas, manteve a perspectiva para o IPCA em 6,98%. Quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,72%.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram ainda mais, tanto no cenário de mercado quanto no de referência.

Para a inflação de curto prazo, a estimativa para novembro subiu de 0,62% para 0,66% de uma semana para outra ante taxa de 0,58% verificada há um mês. No caso de dezembro, a taxa passou de 0,71% para 0,75%. Quatro semanas atrás estava em 0,67%. As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente subiram mais, passando de 6,70% para 6,76% – quatro edições atrás estavam em 6,27%.

Mediana para 2017

Não houve alterações das previsões do mercado financeiro para a inflação de mais longo prazo, conforme a abertura do Relatório Focus. Para 2017, ano que é o novo foco de ação da instituição, a taxa permaneceu em 5%, como já estava desde 9 de outubro. Da mesma forma, para 2018, as projeções ficaram inalteradas em 5% – atingiram esse novo patamar na semana passada. Para 2019, a mediana das expectativas é de uma variação de 4,50%.

Entre as instituições Top 5 – aquelas que costumam ver suas estimativas mais próximas da realidade – também não houve mudanças nas previsões em relação à semana passada. Para 2017, a mediana desse grupo seguiu em 5,35%; para 2018, em 5,25% e, para 2019, em 5,00%.

Preços administrados

As projeções para os preços administrados para o ano que vem subiram mais um degrau no Relatório de Mercado Focus. De acordo com o documento, a mediana das estimativas saiu de 6,35% quatro semana atrás para 6,95% na edição passada e agora foi para 7,00%. Esta é a nona semana consecutiva em que há elevação das previsões.

No caso de 2015, a mediana das expectativas ficou estacionada em 17,00% de uma semana para outra no boletim Focus. Estava em 16,00% quatro edições atrás do documento.

O Banco Central voltou a revisar para cima sua projeção para os preços administrados de 2015 e 2016 em sua última ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Pelos cálculos do colegiado, o avanço será de 16,9% este ano, e não mais de 15,2% como constava na edição anterior – no documento julho estava em 14,8%; no de junho, em 12,7%; no de abril, a previsão era de 11,8%; no de março, de 10,7%, e, no de janeiro, de 9,3%.

Para 2016, a diretoria prevê taxa de 5,8% ante variação de 5,7% apresentada na ata anterior – também estava em 5,7% em julho, mas vinha de 5,3%, em abril e junho; de 5,2%, em março, e de 5,1%, em janeiro.

Para estimar a elevação desses itens, o BC considerou uma alta de 51,7% da tarifa de energia elétrica este ano – na edição anterior, a previsão era de 49,2%. A diretoria também levou em conta a hipótese de elevação de 15% do preço da gasolina (antes estava em 8,9%) e de alta de 19,9% do preço do botijão de gás, substituindo a taxa de 15%. No caso de telefonia fixa, a autoridade monetária suprimiu a apresentação de sua previsão na ata. No documento passado, esse a estimativa para este segmento era de uma baixa de 3,5%.

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