Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA – o índice oficial de preços – em 2019 e 2020. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 6, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA no ano passado acelerou de alta de 4,04% para 4,13%. Há um mês, estava em 3,84%. A projeção para o índice em 2020 cedeu de 3,61% para 3,60%. Quatro semanas atrás, estava em 3,60%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2021, que seguiu em 3,75%. No caso de 2022, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,75% e 3,50%, respectivamente.
A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2019, de 4,25%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,75% a 5,75%). Para 2020, a meta é de 4%, com margem de 1,5 ponto (de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).
No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 0,51% em novembro. No ano, a taxa acumulada é de 3,12% e, em 12 meses até novembro, de 3,27%. No dia 10 de janeiro, o IBGE divulgará o IPCA acumulado de 2019.
Também em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 4,0%. No caso de 2020, está em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2019 seguiu em 4,13%. Para 2020, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,95% e 3,50%, nesta ordem.
No caso de 2021, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, igual a um mês atrás. A projeção para 2022 no Top 5 seguiu em 3,63%, mesmo patamar de quatro semanas antes.
<b>Últimos 5 dias úteis</b>
A projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 4,17% para 4,20%. Houve 47 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,86%.
No caso de 2020, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis foi de 3,60% para 3,59%. Há um mês, estava em 3,61%. A atualização no Focus foi feita por 46 instituições.
<b>Outros meses</b>
Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em dezembro de 2019, de alta de 0,90% para 0,98%. Um mês antes, o porcentual projetado indicava inflação de 0,70%.
Para janeiro, a projeção no Focus foi de alta de 0,38% para 0,39% e, para fevereiro, foi de alta de 0,42% para 0,41%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,40% e 0,42%, respectivamente.
No Focus divulgado nesta segunda-feira, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,77% para 3,69% de uma semana para outra – há um mês, estava em 3,90%.
<b>Preços administrados</b>
O Relatório de Mercado Focus indicou, ainda, alteração na projeção para os preços administrados em 2019 e 2020. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador no ano passado foi de alta de 5,16% para 5,20%. Para 2020, a mediana passou de alta de 3,88% para 4,00%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 5,10% para os preços administrados em 2019 e elevação de 4,00% em 2020.
No caso de 2021, a projeção de alta dos preços administrados permaneceu em 4,00%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.
As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevações de 5,10% em 2019 e 3,69% em 2020. Estes porcentuais foram atualizados na ata do último encontro do Copom.
<b>IGP-M</b>
O relatório do Banco Central, mostrou, por fim, que a mediana das projeções do IGP-M de 2020 passou de 4,18% para 4,24%. Há um mês, estava em 4,14%. No caso de 2021, o IGP-M projetado seguiu em alta de 4,00%, igual a quatro semanas antes.
Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.