Estadão

Ipea espera recuperação da atividade em fevereiro

A atividade econômica brasileira deve mostrar um desempenho melhor em fevereiro do que o registrado em janeiro, prevê o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

A expectativa do instituto é que a produção industrial tenha um crescimento de 1,4% na passagem de janeiro para fevereiro, após o recuo de 2,4% no mês anterior. O volume vendido pelo comércio varejista subiria 1,2%, ante uma alta de 0,8%. Se considerado o varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção, a alta em fevereiro seria de 1,3%, após queda de 0,3%. Já o volume de serviços prestados aumentaria 1,5%, depois de redução de 0,1%, já descontados os efeitos sazonais.

Todas as projeções têm como referência os resultados das pesquisas mensais conjunturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física; Pesquisa Mensal de Comércio; e Pesquisa Mensal de Serviços.

"O desempenho recente dos indicadores de atividade econômica tem apresentado alguma instabilidade. Após a aceleração verificada nos dois últimos meses do ano passado, refletida no avanço de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre, a maioria dos segmentos produtivos sofreu acomodação em janeiro de 2022 – mês marcado pelo forte avanço de novos casos da variante ômicron da covid-19", notou a Carta de Conjuntura divulgada pela Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea nesta quarta-feira, 30.

O instituto prevê que o Monitor do PIB, apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avance 1% em fevereiro ante janeiro, "o que melhora as perspectivas para o resultado do PIB no primeiro trimestre de 2022", diz o Ipea. O Monitor do PIB – antecipa a tendência para a atividade econômica brasileira a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo IBGE no cálculo oficial das Contas Nacionais – teve um recuo de 1,4% em janeiro ante dezembro.

"Entre os principais setores produtivos, a indústria segue enfrentando o cenário mais desafiador. Os problemas relacionados às cadeias produtivas globais e os custos elevados dos fretes internacionais seguem sendo importantes entraves ao crescimento da produção. Além disso, enquanto os preços da energia elétrica continuam elevados, a guerra na Ucrânia tem provocado aumento nos preços internacionais do petróleo", pontuou o Ipea, em nota.

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