O Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Justiça, e órgão delegado do Inmetro, realizou calibração do instrumento medidor padrão – provador compacto móvel – instalado na Unidade Transpetro S/A. da Petrobras Transportes de Guarulhos. O serviço foi executado nos dias 29 e 30 de junho.
O serviço realizado pelos especialistas do Ipem-SP, nesta unidade da Transpetro Guarulhos, se caracteriza pelo modelo de Provador (compacto móvel) em que a calibração foi realizada.
Existem basicamente três (3) tipos ou modelos de Provador a saber:
a) Provador fixo convencional (provador que compreende uma tubulação em formato de “U”), cujo tamanho/comprimento do tubo em “U” deitado, varia de acordo com o volume que esse instrumento – padrão de medição – é capaz de medir. Geralmente esses modelos são de grandes dimensões e capacidades: 200 litros, 600 litros, 750 litros, 800 litros. São equipamentos fixos e instalados dentro das Estações de Medição;
b) Provador fixo compacto (provador que se caracteriza por sua semelhança a uma seringa em aço gigante), cujo tamanho/comprimento praticamente é inalterado Esses modelos, como sua própria denominação os identifica, compacto com capacidades entre 60 a 75 litros. São equipamentos fixos e instalados dentro das Estações de Medição;
c) Provador compacto móvel (provador que se caracteriza por sua semelhança a uma seringa em aço gigante), cujo tamanho/comprimento praticamente é inalterado Esses modelos, como sua própria denominação os identifica, compacto com capacidades entre 60 a 75 litros. São equipamentos móveis, instalados sobre carretas niveladas.
Todos os provadores são equipamentos que realizam o mesmo tipo de serviço, atuam como padrões, referências de medição de volumes, durante a calibração de medidores de volume na linha de transferência de líquidos do usuário.
“O Ipem-SP realiza a calibração do padrão de calibração do usuário, ou seja calibramos o provador que é um medidor padrão. Pela lógica da metrologia, quando calibramos um instrumento de medição, o padrão utilizado e a metodologia aplicada para a calibração deve ser de uma qualidade metrológica superior (principalmente relativo à incerteza) a do objeto a ser calibrado. O volume calibrado foi de 75 litros, com um Seraphin de 75 Litros ou 20 galões, cuja divisão da escala se encontrava em polegadas cúbicas (in3) então também foi necessário a conversão de valores para litros. Com temperatura média de operação em 16 graus Celsius e temperatura ambiental em 10 graus Celsius. Com duração de processo em 7 horas de trabalhos e 18 ensaios realizados, sendo somente as três últimas corridas válidas. O resultado da calibração foi plenamente satisfatório com uma variação de volume muito menor do que 1/3 em litros de volume
”, explica o especialista em Metrologia e Qualidade do instituto, Lourenço Laurelli.
Os provadores convencionais, são os chamados provadores “Clássicos”. Os primeiros equipamentos que surgiram para essa finalidade. São grandes e robustos. Sua aplicabilidade se destina principalmente a medição de grandes volumes, como já exposto. Esses equipamentos se utilizam de uma esfera rígida em polímetro que “empurra os volumes” a serem medidos por dentro do circuito da tubulação em “U”. Esse circuito é composto de um trajeto em dois sentidos (ida e volta) denominados “Up Stream” e “Dow Stream”, assim temos os volumes de enchimento e o de esvaziamento do provador. Dentre os modelos de provadores, este é o mais complexo e evidentemente o mais trabalhoso de se calibrar. Não raro, muitas vezes são necessários mais do que sete dias de trabalho contínuo para se obter resultados confiáveis e que se adequem as Normas da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Os provadores compactos, semelhantes a grandes seringas, são os modelos de provadores modernos e que gradativamente vem a substituir os medidores convencionais.
Se compõe de uma estrutura de tubo contendo pistão/êmbolo, e que, pelo movimento desse pistão, vem a realizar pelo êmbolo o enchimento ou o esvaziamento do provocador (trajeto em dois sentidos (ida e volta) denominados “Up Stream” e “Dow Stream”. Equipamentos desse tipo são mais precisos do que os provadores convencionais, além é claro de ocupar, ser um sexto ou um sétimo menor, ocupando assim muito menos espaço.
O provador compacto móvel tem como principal vantagem sua capacidade de deslocamento para qualquer ponto da base para a qual se deseje levá-lo para sua utilização na calibração de um medidor local.
Para uma calibração dessa natureza, além da desejável repetitividade das medições obtidas durante os ensaios e da baixa incerteza, é considerado como um sucesso quando o resultado obtido nas medições, se iguala ou consegue ser menor do que na calibração anterior.
Para se ter uma ideia do quão são críticas essas calibrações, é preciso se obter grandezas: temperatura, tempo, volume e pressão que quando combinadas, se consiga o equilíbrio adequado das mesmas durante a vazão, para obter o valor mais próximo do real do volume que se deseja calibrar.
A faixa de temperatura está limitada a uma variação de apenas (0,3 º C) três décimos de graus Celsius.
A variação aceita entre a calibração anterior e a atual, pode significar a título de exemplificação, que para o limite de volume de 75 litros, só pode variar menos do que um copinho de café (30 mL) ou seja é permitido uma variação menor do que 15 mL ou 0,015 Litros, isso corresponde a ser somente aceitáveis variações menores do que 0,02%.
Os padrões utilizados para essa calibração são as medidas de volume a conter de elevada exatidão de medição, denominadas por Seraphins. Todos os Seraphins utilizados pelas operadoras no Brasil, são calibrados no Laboratório de Volumes do Ipem-SP, já que esse laboratório é referência para volumes acreditados.